Coreto
                                                  
Nos princípios da oitava década do século passado, eu e os meus irmãos fomos com o nosso Pai visitar Portugal.
Num belo dia, numa conversa entre nós e o parente Carmindo, concordamos que seria melhor construir uma nova Capela no Alto da Ladeira do que reconstruir a antiga Capela, porque debaixo dessa nova capela podia-se fazer uma cave para reuniões, festas. etc. Assim; nós os quatro prontificamos a contribuir vinte mil escudos cada um. O Carmindo também se prontificou a contribuir monetariamente, ou com o seu trabalho, visto que ele tinha pratica na reconstrução de Capelas e Igrejas, etc.
Após isto, reunimos a população para propor a nossa idea; mas só os moradores á beira da estrada é que concordaram; os moradores dentro da povoação, que eram a maioria, não concordaram. De modo que entao naquela altura nada foi feito.
Mais tarde, a capela acabou por ser reconstruida no Coreto.
Actualmente, (e infelizmente) a população está reduzida a cerca de vinte e cinco pessoas. Ao contrario do que fora antigamente, a maioria vive agora, á beira da estrada.
J. C. C.


                           Antiga Capela da Quinta da Ponte


Esta era a antiga CAPELA  da Quinta da Ponte. A data da sua construcao, nomeadamente de 1833, esta indicada no pilar do lado direito. Este pilar, o pilar do lado esquerdo, e a parede da porta de entrada da Capela, suportavam o telhado do Adro da Capela, que era meio gradeado em em toda a sua volta. A esquerda da porta de entrada para a Capela, se encontrava o PÚLPITO. Apos a reconstrução desta capela, o Adro foi eliminado e assim o interior da Capela tornou-se o que hoje é, -- mais espaçoso. 
Antigamente, no largo da Capela, faziam-se as Festas da Mocidade. Faziam-se bailes no lado esquerdo da Capela. E tambem era onde a rapaziada fazia o Cepo do Natal, -- festa que só terminava na noite após o Dia de Reis. Era também neste lugar onde os rapazes e as raparigas faziam a Fogueira do São João, com Sanjoaninas, Salpór e Rosmaninhos. Saltando por cima da fogueira, cantavam dizendo "a dor do meu braço que vá pró  tio Horácio; a dor do cotovelo que vá  para o tio Rebelo; a dor do meu pé, que vá pró  tio Zé ; a dor da minha mão, que vá  pró tio João ; a dor do meu dente, que vá pró tio Vicente". E assim a malta se distraía, sem dinheiro e com muita alegria. Desse mesmo lado, próximo do Chafariz, era onde a rapaziada fazia a Cascata do São João e São Pedro, rodeada de Vasos de Manjericos e outras Flores; surripiadas  das varandas e janelas pelo escuro da noite, que as raparigas tanto cuidavam. E só depois do São Pedro é que os iam recolher, de contrario eles seriam novamente surripiados na escuridão da noite.
Tempos que já lá vão e não voltam.



                                                           J .  C .  C.

  



                                 O Cruzeiro




O CRUZEIRO, -- A SUA CRUZ EM MEMORIA DO CRUCIFICADO CRISTO



Este era o CRUZEIRO. Estava situado em frente do CAFÉ DO FILIPE.
Quando fizeram a ESTRADA, em vez de o recuarem cerca de um metro, cometeram "o crime" de o destroçarem!



                                                                      J . C . C .
 



                                                      J. C. C.
             
  

                         A Historia do Antanho



Lá estava o meu Fiel, de guarda á canastra, á cesta, aos garrafões de vinho, á cantara da água e ao Chapéu de palha; já depois do almoço . Pois as mulheres que tinham trazido o Almoço, tinham ido ajudar no trabalho, para aproveitar o tempo. A trouxa do almoço regressaria a Casa; quando fossem buscar a Merenda. Nesse tempo; quando nas nossas Terras, toda a gente trabalhava desde criança e de Sol a Sol, excluindo os muito idosos, que já não podiam arrastar os Pés. Nesse tempo, a gente era muito sacrificada com árduo trabalho, mas não sei porque; havia mais alegria do que actualmente, pois, que até a trabalhar se cantava. Fosse a ceifar o centeio, a
sachar o milho, ou na vindima; nem o suor proveniente do calor e o esforço tiravam alegria. E era assim que tornávamos as nossas Povoações quase autos-suficientes, e os nossos campos numa beleza; verdes e floridos, parecendo um JARDIM. Coisa, que muita gente de agora; terá muita dificuldade em acreditar.  Deixo aqui uma referencia do meu Fiel :- se alguém se esquece-se, duma peça de ferramenta, um casaco,um chapéu, ou até uma rodilha; ele ficava lá de guarda até que alguém de casa, fosse buscar
o que tinham esquecido; do qual davam conta, pela ausência do cão. Assim; era Fiel pelo seu nome e fiel pelas suas obras. Além de que enquanto era pequenino, foi o o meu brinquedo. Este cachorro foi-me oferecido ( com cerca de um mês de idade ) pelo tio Luís Grilo de Forninhos. Numa sexta feira, ao regressar da Feira de Castendo, estava a beber um copo á porta da Taberna do Luís Morgado ( hoje café do Filipe). Eu ia a passar e ele disse-me ó Cardosito! Tu és neto dum amigo meu; ( referindo-se ao meu Avo materno, que eu não conheci; pois já falecido, há mais de 30 anos, e eu ti cerca de dez anos). Na verdade deviam ser amigos; para que passados, tantos anos; ao ver-me  a mim, se lembrasse do meu Avo. Eram assim as amizades antigamente. 

 J. C. C.


                                    Magusto


                                                  J. C. C.


     Quinta da Ponte e os seus Nascentes


A Quinta da Ponte, alem de usufruir dos benefícios concedidos pelo Rio Dao, com os seus sete Açudes que regavam as propriedades situadas em ambas de suas margens, e que do qual se obtinha energia para os cinco Moinhos, também tinha a vantagem de ter por volta de cinquenta nascentes de agua corrente, que era retirada a picanco ou a caldeiro (dependendo da profundidade da agua), e que preveniam das suas poças ou represas.                
Penso que a Quinta da Ponte era a única das povoação por aquelas redondezas com a abundância de agua como aqui passo a descrever. Talvez por isso que as povoacoes vizinhas cognominassem que os de Quinta da Ponte eram "Regaloes". 
 J .  C .  C.




Esta era a Fonte; que fornecia a água aos primeiros povoadores da Quinta Ponte,(nessa época conhecido por Lugar da Ponte) pois o povoamento começou próximo desta Fonte,embora com um grande desnível, pois a Fonte fica situada ao fundo do Pelam, a poucos metros do Rio e a povoação começou ao cimo do Pelam; ainda me recordo de ver nessa área diversas paredes, que indicavam terem sido de diversas casas do antanho. Ainda me recordo, que embora a Fonte estivesse abandonada, ela era coberta com duas pedras grandes e na frente tinha uma pedra, com cerca de um terço da altura da Fonte, onde se podia encher um cântaro de água.  Nos anos quarenta do século passado houve uns Verões muito secos em, que o Chafariz então usado, em frente da Capela ( que ainda hoje existe ) secou por completo e fomos obrigados a limpar e lavar a Fonte do Pelam e usarmos a sua água para beber, cozinhar etc., embora custasse muito a subir aquela rampa, com o cântaro cheio água. (a água era muito boa). Para os animais etc. etc. iam-se buscar pipas de água, em carro de bois, a diversas poças das redondezas. A foto foi tirada em 2014, eu quase já nem a reconhecia, com a transformação que teve nestes setenta anos.  O pelam era uma área baldia, que começava na margem direita do rio, desde o açude da regada, até ao açude da laje da ribeira, era olival onde diversas pessoas  lá tinham oliveiras. Do açude da laje da ribeira, até ao fundo da regada da Ladeira, tinha giestas, sargaças e diversos arbustos e como era baldio não os deixavam crescer muito, porque tinham muitos pretendentes.  


                                                                   J. C. C.






             Segunda Fonte da Quinta da Ponte




Esta foi a segunda Fonte da população da Quinta da Ponte, onde a população se fornecia de água para as suas necessidades e para os seus animais. Está situada no Bairro do seu nome; ( Fonte Velha ) .  Esta fonte é quadrada e é toda construida com grandes pedras rectangulares; na base, nas paredes laterais,nas paredes detrás e no tecto e da frente; o nascente vem através da junção da primeira pedra detrás com a primeira lateral esquerda (ou seja esquina esquerda detrás). A altura da Fonte é cerca de dois metros e meio, mas a frente era cerca de um metro e trinta, pois daí para cima era a abertura da Fonte, para as pessoas se poderem manobrar, poderem tirar os
cântaros de água e poderem entrar na Fonte para fazerem a limpeza. Exteriormente, as paredes estavam quase aterradas, expecto a parte da frente, que estava desterrada até á base. No meu tempo; esta Fonte só servia para regar as hortas, os feijões etc., mas como é óbvio tinha de se tirar a água com caldeiro ou ( cabaço); porque nunca ninguém teve a ousadia de destruir esta Relíquia Histórica. Mas já há tempo que a água sai de corrente, porque alguém teve a ousadia de partir as Pedras da Frente. Mas como a agricultura está quase desusada, a Fonte também está quase abafada, com as ervas daninhas. O que aqui descrevo refere-se mais ou menos aos anos 45 do século passado e nessa data já existia há longos anos o Chafariz da Capela, portanto já ninguém usava a Fonte Velha, a não ser para regar os frutos.


 J. C. C.


                     Terceira Fonte da Quinta da Ponte



                                                 

 O CHAFARIZ DA CAPELA


Esta e a Fonte do meu tempo, que ja existia quando nascera e que ainda hoje existe, emborea correntemente pouco esteja a ser usada. Esta situada quase em frente, do lado esquerdo da Capela do San Miguel. Anteriormente, tinha um tanque (uma fonte), que fornecia agua para duas pias de agua; uma onde bebiam os bois, cavalos, e burros, e outra, que foit feita mais tarde, e que era mais pequena, onde bebiam as ovelhas, cabras, etc. Desta ultima pia, agua seguia pelo Rego da Calcada e continuava pelo o Rego da Laje, para onde entao seguia para uma poca e tambem para um tanque que era utilizado para regar as propriedades.                
Na altura da festa do San Joao, era por detras deste Chafariz, onde a rapaziada colocava os vasos dos jardins, e que havendo sido tendidos pelas raparigas ate aquela altura, se encontravam nas sacadas ou janelas das residências. No entanto, pelo escuro da noite, os rapazes os iam surripiar para fazerem a cascata de San Joao, e assim, so depois das Festas do San Joao e que as raparigas os podiam retirar; de contrario, os vasos voltavam ao chafariz "por obra e graca do Divino Espirito Santo".
A noite, depois de regressarem do trabalho da agricultura, enquanto as maes cozinhavam a antiga ceia, os rapazes e as raparigas iam diversas vezes a fonte para abastecer a casa com agua, para essa noite e para a manha do dia seguinte, dado que a agua para beber e cozinhar, tinha de ser da bica. Por vezes, alguns e algumas aproveitavam essas idas a fonte para namoriscar, dizendo como desculpa que haviam estado a espera da sua vez.
Durante o ano de 1944 ou de 1945, a Fonte deixou de funcionar por um largo tempo, devido a uma ruptura que acontecera na canlizacao entre o Chafariz e a porta da Adega do Tio Vicente Velho. Em vez de repararem a ruptura, foram pelo o mais facil e cortaram a canalizacao a cerca de tres metros desviados da porta da adega do Tio Vicente Velho, desterrando e levantando o tubo um pouco mais da alturea dum cantaro. Ai entao, se passou a encher os cantaros de agua por muito tempo.
Por falar na Adega do tio Vicente Velho, me lembra agora que nesse ano em que a Fonte deixou de funcionar como devia, que houvera muito vinho. Claro que por essa razao, os compradores ofereciam uns precos muito baixos. Um dia, un taberneiro foi a Adega do Tio Vicente Velho para lhe comprar o vinho. Nao me recordo agora a quantia precisa que ele lhe oferecera; so sei que o Tio Vicente Velho respondera que esse preco nem sequer pagava pelo o trabalho de medir o vinho, e depois, ele ficara tao zangado, que abriu o tonel ate o vazar. O vinho, entao, corria abundamente, ate se juntar ao rego da agua que seguia pela a calcada abaixo. Isto surpreendeu toda a gente que viram, e tambem os fez rir muito.
O Tio Vicente Velho era assim chamado porque contava já oitenta anos de idade! Ele era um homem muito trabalhador; ele tratava do processo inteiro de fazer vinho; podava as videiras, fazia a escava, a cava, vindima, carregava as suas uvas, fazia a piza, e enchia os toneis; -- isto tudo sozinho!!! A um certo ponto, o Tio Vicente Velho chegou a ter um cento e tal de almudes de vinho!! A sua vinha era uma propriedade que se chamava Choes, e que estava situada na área onde hoje reside o Senhor Horácio Betelho, -- seu bisneto. O Tio Vicente Velho já nao tinha dentes, mas mesmo assim, comia a côdeas de Pao de Milho (que sao sempre bem duras) como qualquer jovem; simplesmente usando as suas gengivas! Talvez fora o homem mais saudável da Quinta da Ponte. Quiçá, que teria durado um século se ele nao tivesse falecido devido a uma simples inflamação duma unha de dedo de pé!

                     Os Tres Chafarizes Mais Modernos 
                                           da Quinta da Ponte
Quando a agua passou a ser fornecida directamente as casas de habitação, também foram construídos tres Chafarizes em tres locais distintos da Povoação. O primeiro estava localizado na parte detrás do antigo Chafariz e assim também próximo da Capela. O segundo foi construído a saída da povoação, na bifurcação do Caminho e da Estrada que segue em direcção ao Boco, a Sezures, etc, próximo do café do Felipe e do antigo café do Manuel Cardoso; era a área que era antigamente conhecida por Cruzeiro, e que havia existido em frente do café do Filipe. O terceiro esta situado no Alto da Ladeira. Infelizmente, estes chafarizes já quase nao sao usados, porque as poucas habitacoes que ainda existem na povoação, tem agua canalizada e assim estes novos chafarizes, por falta de uso, passaram a ser coisas do antanho.
        
J. C. C.





                                         Moinho dos Morgados 

                                                                 J .  C .  C.




                            Moinho da Regada



 J .  C .  C.



                                    Rio Dao



                                                              


Na Quinta da Ponte, na área do Rio Dao, existem sete açudes: 1) Açude da Moleira, 2) Açude da Regada Ponte, 3) Açude da Regada Ladeira, 4) Açude da Laje da Ribeira, 5) Açude da Regada, 6) o Açude dos Aloes de Cima, 7) o Açude dos Aloes de Baixo.
Nestes açudes existem cinco moinhos. Os quatro mais próximos eram explorados e usados por a povoação geral da Quinta da Ponte. Estes eram: o Moinho do Coxo, na margem direita do Açude da Laje da Ribeira, o Moinho dos Morgados, na margem esquerda, o Moinho da Regada e o Moinho da Tia Ana do Alverca. Estes últimos dois eram anexos e estavam situados na margem esquerda do Açude da Regada. O quinto Moinho, situado na margem esquerda do Açude de Cima, eram explorados pelos Motas da povoação da Moradia.
Assim que, graças ao Rio Dao, a população da Quinta da Ponte, comparada com aquelas outras que eram vizinhas, eram muito beneficiadas, devido as propriedades localizadas nas margens do rio, serem muito férteis e produtivas, quer no Inverno ou no Verão. Para alem disso, nem era simplesmente que as propriedades, que eram regadas pelos primeiros quatro açudes, ficassem relativamente perto da povoação, como também os Moinhos, em cujo neles, se moía o centeio, milho e trigo, produzido nestas e noutras propriedades.
Por nao haverem estradas, nem camionetas, em tempos do Antanho, o Rio Dao também foi usado para transportar madeira (principalmente de Pinheiro), em que os troncos de madeira eram para ele rebolados, para que depois fossem levados pela a corrente de agua pelo o rio abaixo ate ao Porto da Raiva; este localizado já no Rio Mondego, pelos lados de Penacova. Dai, eram distribuídos para onde fossem necessários. Em certos locais, aonde por vezes os troncos ficavam estagnados, erao entao dirigidos outra vez para o meio da corrente, para que seguissem para o suas destinacoes, por certos homens que utilizavam varas compridas e com um ganchos ao topo. 
Isto tudo, foi-me contado, a cerca de 76, ou 77 anos atrás, pelo meu tio-avo, chamado Miguel Cardoso de Albuquerque, enquanto caminhávamos por uma grande mata, chamada Moleira, situada na margem direita do rio Dao e encostada ao Açude do mesmo nome, e que por acaso, ate já tinha pertencido a meus pais, mas que naquela altura, já havia sido dividida entre eles e seus irmãos. Este mesmo parente me mostrou umas valas largas e muito antigas, que nos tempos do antanho, haviam sido utilizadas para a serração de troncos de madeira de enormes diâmetros. Também foi nesse dia, tinha eu uns 5 ou 6 anos, que eu primeiro ouvi o termo de "polegada". Dissera ele que quando frequentou a escola, que ainda nao existiam as medidas métricas.

J.  C.  C.





                                           Açude da Moleira

Este Açude; é  o primeiro da QUINTA DA PONTE; e penso que também é o primeiro do RIO DÃO desde o seu NASCENTE; que fica  distanciado cerca de trinta quilómetros.
Este Açude; bem como o Açude da Regada Ponte e parte do Açude da Regada da Ladeira; estão loalizados: na área da freguesia de Forninhos e freguesia de Dornelas e assim no Concelho de Aguiar da Beira; Comarca de Trancoso e Distrito da Guarda. Embora pertencentes á  Quinta da Ponte, que pertence á freguesia de Sezures; Concelho de Penalva do Castelo; Comarca de Mangualde e Distrito de Viseu.
A função deste Açude; era regar as propriedades da margem esquerda e da margem direita, até um pouco abaixo do Açude da Regada Ponte.
O largo rego que se visualiza na foto, na margem direita era o que antigamente, no inverno regava os lameiros e no verão regava o milho, feijão, chicharro, abóbora, etc. etc.
Hoje, praticamente e tristemente, quase tudo desapareceu.
                                         
                                              J.  C.  C.



                               Queda da Agua do Açude da 

                                        Regada da Ponte




As Quedas da Agua deste Açude são as mais interessantes e mais visíveis de todas as as Açudes da área da QUINTA DA PONTE. Ficam a cerca de cinquenta metros da Ponte, cuja ela atravessa o Rio da parte Sul. Sao assim, vistas por toda a gente que atravessa a Ponte, quer de carro, ou a pé. Esta ponte atravessava o rio e os dois largos regos de agua que regavam as propriedades nas duas margens do rio. 

J.  C.  C.





                                               Açude da Regada da Ladeira



                                     

                                      AÇUDE  DA REGADA  DA  LADEIRA


Este e o terceiro Açude do rio Dao na área da Quinta da Ponte. Era o Açude que menos terras tinha para regar, pois só fornecia aguas para a margina direita; ao inverso do Açude do Laje da Ribeira, que embora só fosse usado para regar a margina esquerda, também fornecia agua para dois Moinhos: um deles situada na margina direita do rio, e o outro, na margina esquerda.  

J.  C.  C.



   As Quedas de Agua do Açude da Laje da Ribeira





J.  C.  C.

                          Açude da Regada

           

AÇUDE  DA REGADA

Este e o Açude que fornece, ou fornecera, a agua aos lameiros da Regada, ao moinho da Regada, e também ao moinho da Tia Ana de Alverca (que eram anexos).  As árvores e os arbustos que mostram a fotografia nao existiam no antanho, porque nao as deixavam crescer assim. Onde, se ve arbustos e pedras eram pequeninas lameiras. Nestas lameiras se estendia o material das BARRELAS e também eram onde se lavavam as tripas do porco na altura das matanças. Isto era no século passado, quando tudo estava devidamente cuidado. Agora esta quase tudo abandonado; o que me da muita tristeza.

J.  C.  C.

Represa de Agua do Açude da Regada





J.  C.  C.





O Rio Dão tem diversos afluentes. 
Penso que o primeiro, o Ribeiro de Dornelas, desagua na sua margem direita. Antigamente fornecia agua ao Lagar de Azeite do Doutor Varela de Dornelas.
O segundo afluente de agua na margem esquerda do Rio Dao e  chamado o Ribeiro de Forninhos. No passado, fornecia agua a um açude, a um dos dois Moinho de Cereais que estava situado na sua margem esquerda, e também ao Lagar de Azeite que pertencia ao Luizinho Fernandes.
O terceiro é o Ribeiro da Serva, que antigamente fornecia água ao Lagar de Azeite e ao outro dos dois Moinhos de cereais em Forninhos, e que vai desaguar na margem esquerda do Rio Dão, próximo da Quinta da Ponte, entre os lameiros do Bandufe e o das Varzeas.
O quarto afluente é o Ribeiro das Rojeiras, ou de Penalva do Castelo (o nome do local onde ele nasce), que desagua na margem direita do Rio 
Dão, a cerca dos lameiros regados pelo o Açude dos Segundos Alões. Fornecia agua ao moinho do Casimiro do Boco que encontrava na área da Dona Feira.
O quinto é o Ribeiro do Boco, que nasce na direcção da Vacaria e vai desaguar na margem direita do Rio Dão, a cerca de três quilómetros a baixo donde desagua o Ribeiro das Rojeiras.
O sexto é Rio Carpito, que nasce na povoação de Carpito (donde deriva o seu nome) e recebe um afluente na povoação da Matança e que antigamente fornecia água ao Lagar de Azeite da Matela Velha. Desagua na margem esquerda do Rio Dão, onde existiu uma uma pequena povoação chamada Rio, considerada a Terra dos Moleiros, por todas as famílias terem Moinhos e fregueses para as farinhas que faziam em todas as Povoações por volta da sua periferia. Agora não me recorda se haverá mais algum afluente entre esta povoação, e a Ponte de Fajilde.
O sétimo é o Ribeiro que desagua na sua margem esquerda, muito próximo da Ponte de Fajilde, e penso que também tem o mesmo nome. 
O oitavo,é um pouco abaixo desta Ponte, mas na margem direita; é onde desagua o Rio Coa.O nono, (e o ultimo que eu conheço) é o Ribeiro que desagua na sua margem direita, próximo das Pontes da Auto Estrada, entre Mangualde e Viseu.



Rio Dao


                                

J.  C.  C.



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